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Porque Deus se agrada do meu sofrimento?

Série: Quem pode ser como o Senhor?


"Todavia, ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar;[...]"

Isaías 53:10


Porque Deus se agrada do meu sofrimento? Esta é uma questão que se não todos, certamente muitos já o fizeram. Pulsa em nós este questionamento nos nossos maiores momentos de aflição. É nas horas complicadas da vida que fica latente em nós essa vontade de questionar a bondade de Deus. É quando perdemos precocemente um filho; é quando perdemos tudo na vida; é quando fazemos tudo por Deus e mesmo assim nada floresce; é quando nossos esforços não resultam em nada; é quando somos honestos e comparando nossa vida com a dos que prosperam agindo impiamente avaliamos que na vida o melhor é ser desonesto; e é em uma centena de milhares de situações. Hora ou outra vamos questionar: Porque Deus se agrada do meu sofrimento?

Para responder essa questão precisamos inicialmente tirar o olho apenas de nosso umbigo (isso é de extrema importância). Quanto mais formos egocêntricos, menos vamos conseguir compreender. E ao fazer isso, vamos descobrir que há um mundo a nossa volta e outra centena de milhares de pessoas, todas tendo da parte de Deus a mesma preocupação. Mas isso não responde tudo, então precisamos ir além.

"Porque não tenho prazer na morte de ninguém, diz o Senhor Deus.[...]" (Ezequiel 18:32). Ok, talvez isso ainda não nos dê um conforto para nossa questão. Mais, se comparado ao texto em apreço, vamos ofuscar o entendimento com uma visão de que a Palavra de Deus é contraditória, pois, uma hora Deus diz não se agradar da morte de ninguém, porém, em outro momento Deus diz que se agradou da morte de Jesus (sim, pois o texto de Isaías fala do sacrifício de Cristo). Então, seria Deus bipolar?

Pois voltemos a centralidade da questão. Porque sofremos e isso até mesmo pode agradar a Deus? Precisamos então entender algo (por isso é importante fugirmos do egocentrismo). A complexidade infinita da mente de Deus é tal que Ele tem a capacidade de ver o mundo através de duas lentes. Ele pode ver por uma lente estreita e outra de ângulo aberto. Quando Deus olha para um evento doloroso ou perverso através de Sua lente de ângulo aberto, Ele vê a tragédia ou o pecado em relação a tudo o que causou e a tudo o que deriva dela. Ele vê tal cena num outro padrão, observando as ligações e efeitos que formam um padrão ou mosaico que se estende até a eternidade. Esse mosaico com todas as suas partes - boas e más - lhe agrada. Entendamos. A morte de Jesus foi vontade e obra de Deus, porém, certamente quando O viu em agonia e a maldade que o levou à cruz, não teve prazer nestas coisas em si (vista pela lente estreita). Deus abomina o sofrimento assim como abomina o pecado. Porém: "Porque convinha que aquele, por cuja causa e por quem todas as coisas existem, conduzindo muitos filhos à glória, aperfeiçoasse, por meio de sofrimentos, o Autor da salvação deles." (Hebreus 2:10). Deus quis aquilo que Ele abominava. Ele o abominou pela lente estreita, porém, quando viu pelo ângulo aberto, viu toda a eternidade, o que aquilo causaria, e isso O agradou. Quando considerava a universalidade das coisas, o Pai via a morte do Filho como uma forma magnífica de demonstrar Sua justiça (Romanos 3:25-26), de conduzir seu povo à glória (Hebreus 2:10) e de manter os anjos louvando por todo o sempre (Apocalipse 5:9-13).

As coisas podem até ter um gosto amargo para você no dia de hoje. A angústia, a dor podem até existir em sua vida, mas, se você buscar ter o pensamento de Deus (Isaías 55) certamente em Sua intimidade a ti será revelado toda a glória do Senhor que está sendo proporcionada. Horas, dias, meses e nem mesmo anos podem se comparar ao que nossas aflições geram na eternidade.

Ainda que hoje seja um dia de grande angústia, tristeza e lamentação em sua vida, saiba que Deus não se felicita com isto, mas pela eternidade isso O agrada, pois Deus sabe que "todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus," (Romanos 8:28). E isso não é mero argumento, é a verdade. Por isso, para vivermos as angústias da vida é que precisamos nos alicerçar em Jesus, pois apenas quando nos encontramos na Rocha, que é Cristo, é que nossa vida, seja nos momentos bons ou nos momentos difíceis, não se torna peso, mas se torna glória, e glória para o Pai.


O fim supremo e principal do homem é glorificar a Deus e gozá-lo plena e eternamente. (John Piper)



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