De onde vem a fragilidade feminina
- Douglas F. Rocha
- 21 de mai. de 2019
- 3 min de leitura
Série: Casamentos
"Maridos, vós, igualmente, vivei a vida comum do lar, com discernimento; e tendo consideração para com a vossa mulher como parte mais frágil, tratai-a com dignidade, porque sois, juntamente, herdeiros da mesma graça de vida,[...]"
1 Pedro 3:7
Claro que chamar mulher de frágil hoje em dia é arrumar encrenca. Claro que ao usar esta expressão haverá uma enxurrada de argumentos para demonstrar o quão forte é uma mulher. Dúvida sobre isso? Como duvidar quando a mulher consegue dar conta do trabalho e da casa? Como duvidar da força feminina quando o cuidado com os filhos sempre recaem mais sobre ela? Como duvidar se um homem doente mais parece estar próximo da morte enquanto a mulher parece sempre ter apenas uma leve dor? Isso é inúmeros outros fatos nos mostram que a mulher tem força sim. Aliás, Provérbios 31 nos deixa claro de que até mesmo a Bíblia reconhece a força feminina. Ana, Rute, Ester, Maria e tantas outras mulheres são destaques bíblicos e mostram o quão valiosa e forte é uma mulher.
Mas então, como alcançar o entendimento sobre a necessidade do marido em considerar a mulher como parte frágil? Para entender não podemos fugir da escola bíblica. A raiz da palavra mulher na bíblia vem do hebraico ´ishshah (ish shah). Essa palavra se assemelha para mulher em diversas línguas semíticas, e pode derivar de um verbo que significa "ser fraco". Assim, a expressão "nascido de mulher" (Jó 14:1) aponta para a fragilidade da humanidade. Ainda, ´Ishshah possui dois significados básicos, mulher e esposa. Assim, tal palavra denota prometida ou noiva (Deuteronômio 22:24 e 24:5). Juntando todo este conhecido [para alguns] chato começamos a entender o que é a mulher.
Mulher representa a humanidade frágil que depende do seu noivo; no caso Jesus. Mulher representa o quanto nós, humanos, podemos até demonstrar sempre muitas capacidades, superar nossos limites, mas ainda assim, somos frágeis e precisamos de Deus para que nossa vida não seja em vão.
E o que isso tem a ver com casamentos? Vamos a outro ponto. Já temos a palavra mulher em hebraico (´Ishshah). Agora, homem em hebraico se diz ´Iysh. Mesmo sem nos aprofundarmos na língua, ambas palavras são escritas por letras distintas: יה (Yah). Essas duas letras juntas representam a abreviação do nome de Deus, YAH (em resumo no conhecido português: Aleluia) Assim, a junção de homem e mulher tem o princípio de trazer Deus para a relação, dar louvor ao Seu nome e de uma forma onde cada um contribua de forma diferenciada, mas se complementando. Isso implica diretamente que uniões do mesmo sexo jamais trarão glória a Deus.
Um pouco mais? Ao observar as letras distintas de homem e mulher, temos o Yod (י) que o homem possui. Isto representa uma ideia, um pensamento, uma semente. Já a mulher possui um Hey (ה). É quase um Dalit (ד) com um Yod dentro. O Dalit representa uma porta, sendo assim, perceba que a visão da mulher é pegar a "ideia/pensamento/semente" do homem e ajudar a trazer isto a realidade. No fim, perceba que ambos precisam de Deus para que cada um possa cumprir sua função.
Por fim. Homens, cuidem com zelo da parte frágil de sua vida. Dê valor pois o que é frágil tem grande valor. É da fragilidade da mulher que os homens dependem para ser fortes. Casamentos precisam em que ambos, homens e mulheres reconheçam sua função para que as coisas deem certo.
Cada marido deve olhar para sua esposa como Eva. A única mulher no mundo. (Josemar Bessa)

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