Não quebre os princípios!

Série: Olhar profundo

"[...], porque Ele faz nascer o Seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos."

Miquéias 1:2

"Tudo sucede igualmente a todos: o mesmo sucede ao justo e ao perverso;[...]" (Eclesiastes 9:2); "Vi ainda debaixo do sol que não é dos ligeiros o prêmio, nem dos valentes, a vitória, nem tampouco dos sábios, o pão, nem ainda dos prudentes, a riqueza, nem dos inteligentes, o favor; porém tudo depende do tempo e do acaso." (Eclesiastes 9:11). Três textos, uma só voz, um só entendimento. Sim, os 3 textos aplicados demonstram uma única coisa: no tempo certo as coisas acontecem a todos. Sim, o sol nasce para todos, assim como a chuva também. Todos tem o tempo de sorrir e de chorar, de viver e de morrer, de vencer e de perder, de passar por mares tranquilos e por mares revoltos (Eclesiastes 3:1-8). Essa é nossa vida, quer seja brasileiro ou americano. Branco ou negro. Japonês ou senegalês. Ocidental ou oriental.

Nesse conceito nos equivocamos grandemente quando avaliamos a nossa vida e, claro, a vida das pessoas. Uma pessoa má pode se dar bem na vida? Sim! Uma pessoa boa pode se dar mal na vida? Sim! A comparação não deve ser pelo que alguém tem ou conquista. Ok, é difícil porque fomos conduzidos a crer de que, quanto mais temos, quanto mais conquistamos, é porque melhores somos. Não é bem assim (leia Jó; Miquéias; Salmos 73; leia as parábolas de Jesus).

E nisto, somos cegos ao conceito mais importante de todos, aquele que rege nossa vida. Antes, grave isto: Jesus veio para salvar os perdidos e pecadores, não para dar riquezas! E o que isto tem a ver com o quanto vamos conquistar? Tudo! Tudo porque infelizmente somos levados a crer de que quanto mais próximos de Deus estamos, mais abençoados seremos. Mas quem disse que o justo não chora?

Há algo muito maior, muito mais importante que rege nossa vida. E isto é um principio de Deus. Que principio é este? É o principio da semeadura e da colheita: "E isto afirmo: aquele que semeia pouco pouco também ceifará; e o que semeia com fartura com abundância também ceifará.[...]Ora, aquele que dá semente ao que semeia e pão para alimento também suprirá e aumentará a vossa sementeira e multiplicará os frutos da vossa justiça," (2 Coríntios 9:6-10). Em resumo, o que isto quer dizer?! O que você planta você colhe! Você dá muito amor, colherá amor. Você é fiel, terá a fidelidade. Você é perdoador, verá o perdão sobre ti. É pacificador? Terá a paz em sua vida. Quer um exemplo? Um empresário que anda conforme as leis humanas. Pode haver crises, mas sua empresa ficará firme. Um empresário que anda na lei e ainda procura agradar a Deus em seus negócios. Além de passar pelas crises da vida, verá seu negócio prosperar (leia Mateus 7:24-27). E o empresário ganancioso e que burla a lei? Ele pode até ficar milionário, mas: "Comerás e não te fartarás; a fome estará nas tuas entranhas;[...]Semearás, contudo, não segarás; pisarás a azeitona, porém não te ungirás com azeite; pisarás a vindima; no entanto, não lhe beberás o vinho," (Miquéias 4:14-15). Em resumo. Este pode se enriquecer o quanto quiser, mas seu coração jamais terá paz. Não haverá prazer de fato em suas conquistas.

E ainda que agora pensemos e nos questionemos que as coisas não são bem assim, abra seus olhos, para tudo há um tempo e um modo (Eclesiastes 8:6). No tempo, na hora e no momento certo tudo o que plantamos, dá sua colheita.

Por isso, não quebre os princípios do Reino de Deus. Até mesmo Ele, Deus, está "amarrado" a aplicar Seus princípios, quer seja para uma pessoa boa como para uma pessoa má. Lembre-se que sobre isso, não se avalia salvação, mas apenas o quanto vamos conquistar ou perder nesta vida. Portanto, não fique observando qual é a semente que os outros tem em sua mão, preocupe-se em semear as sementes de Deus para sua vida. E, certamente, você terá vida em abundância. "Enquanto durar a terra, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite." (Gênesis 8:22).

Porque Deus é bom nos deixa plantar o que quisermos. E porque é justo nos obriga a colher o que plantamos. (Autor Desconhecido)