Como peregrinos
Série: Pensamentos
"Depois destas coisas, vi, e eis grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de vestiduras brancas, com palmas nas mãos;"
Apocalipse 7:9
Se lhe fosse possível escolher, onde você gostaria de estar quando tudo para você se findar? Quando a sua vida neste plano se encerrar? Sim, porque esta é uma certeza a todos que respiram. Um dia tudo se acaba. Então, se lhe fosse possível decidir, se coubesse apenas e exclusivamente a você, qual seria o seu [chamado] destino final? Seria neste versículo em destaque? Você escolheria estar no meio desta multidão, vestido(a) de branco, com folhas de palmeiras nas mãos, glorificando ao Cordeiro (Jesus) ou não, ou você escolheria estar inserido na outra multidão? "Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros. Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo suas obras. Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo. E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo." (Apocalipse 20:11-15).
Bem, não é difícil saber que a resposta seria igual para todos. Ninguém diria "quero estar na multidão dos mortos"; é fato que todos queremos estar na multidão dos vivos. Tocante e interessante é saber que, ainda que nesta simples questão a resposta de todos seja a mesma, a decisão e prática de vida é muito distorcida. É quase como que igual a um jogador veterano. A cabeça pensa de uma forma, mas o corpo age de forma diferente. Assim são milhares hoje. Em sua cabeça há o pensamento: "quero estar na multidão de branco"; mas o coração e o corpo agem de forma que lhes atribui o direito apenas de estar na multidão dos mortos.
E sabe a pergunta? Bom, ela não é uma invenção, algo que não podemos escolher. Não, é uma pergunta de fato. É algo que todos os dias nos está presente. Diariamente ao nos levantar, somos fadados a responder esta questão. Como viveremos nosso dia, no caminho das vestes brancas ou pelos belos campos que nos levam ao mar de mortos?
E a essa pergunta que, quer queira ou não, concordemos ou não, nos é feita, respondemos com nossas ações e atitudes. É a lei da semeadura. Se semeamos e vivemos uma vida onde o Cordeiro não é glorificado, porque devemos achar que então lá estaremos, cantando jubilosamente para Ele? Infelizmente damos pouquíssimo valor ao que é eterno. Os prazeres da vida sempre nos são muito mais atrativos. E para todo pecado, temos a resposta certa para afirmar que não há nada de errado. Ou foi Deus quem nos fez assim; ou não é verdade a Bíblia; ou Deus é culpado porque Ele sabe que somos fraco; ou o que importa é ser feliz; ou Deus nos ama tanto que lança no mar do esquecimento nossa vida regida pela Lei do eu mesmo.
A Bíblia destaca 3 atributos principais para quem vive no caminho do Cordeiro. É embaixadores de Jesus (2 Coríntios 5:20), somos forasteiros e peregrinos (Salmos 119:19 e 1 Pedro 2:11). Rasamente podemos observar nestes 3 atributos algo semelhante: quem é embaixador vive em cultura alheia mas não deixa sua cultura de lado; quem é forasteiro e peregrino não se consome pelo que não é seu, não vive como se nunca fosse voltar para sua terra; então, quando somos colocados diante de tal pergunta, será que recordamos que um dia voltaremos para de onde saímos?
Todos um dia voltaremos para ficar diante de Deus. A diferença é que uma multidão irá sorrir e a outra irá chorar. Nisto, para ambas partes, não vai mais interessar que carro tinha, onde morava, quantas viagens se fez, quanto de dinheiro se ganhou e gastou. O que vai importar de fato é saber se: Eu estarei no livro da vida?!
O fato de eu estar respirando esta manhã é um ato de misericórdia divina. Deus não me deve nada. Eu devo tudo a Ele! (R. C. Sproul)
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