Do bem ou de Deus?

"E, se é pela graça, já não é pelas obras; do contrário, a graça já não é graça."

Romanos 11:6

Generosidade, humildade e justiça são coisas boas. Egoísmo, arrogância e crueldade são coisas más. A distinção parece bastante clara não? Não mesmo! O que parece simples não é tão simples. Jesus um dia caminhava até que foi parado por um jovem ao qual lhe disse: "[...]Bom mestre, que farei para herdar a vida eterna? Respondeu-lhe Jesus: Por que me chamas de bom? Ninguém é bom senão um, que é Deus." (Marcos 10:17-18). Como assim? Como Jesus não se identificou como bom? Como assim? Eu não mato, não roubo, vivo uma vida digna, não trapaceio, não sou corrupto, trabalho, acordo cedo e volto tarde pra casa, não burlo leis, nunca apontei nenhum tipo de arma pra ninguém, não me drogo, não bato em minha esposa, e ainda assim não sou bom? Não sou digno de um lugar no céu?!

Vivemos assim, crendo que exatamente o esteriótipo acima é o que basta para que Jesus venha nos buscar em nossa morte e nos levar para o céu. Nosso senso de bondade na verdade é realmente correto? E se isso não basta, então como discernir o que é bom é o que é mal? Vejamos: "Mas o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que, pela prática, têm as suas faculdades exercidas para discernir não somente o bem, mas também o mal." (Hebreus 5:11). Aqui a Bíblia nos aponta que precisamos discernir o que é bom e o que é mal, ou seja, não é tão simples como imaginamos. E como chegamos a este discernimento? Paulos nos mostra: "E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus." (Romanos 12:2). Não podemos discernir o que realmente é bom para as nossas vidas sem primeiro ter a nossa mente renovada em Deus.

A verdade é que se não renovamos nossa mente em Jesus o bom não é bom de verdade, simplesmente o bom é tudo aquilo que nos dá prazer e achamos legal. Divórcio se torna bom; Uma balada regada a muita bebida (ressaca do dia seguinte) se torna bom; Pequenas mentiras se tornam bom; Adultério e prazer sexual fora do casamento se torna bom; Religiosidade se torna bom; O jeitinho brasileiro se torna bom; e tantas outras coisas. Ou seja, novamente, o bom na verdade não é o que de fato é bom, mas simplesmente o bom é tudo aquilo ao qual nos dá algum sentido de prazer.

E onde se aplica o problema de tudo isso? Veja o caso de Eva. Deus coloca Adão e Eva num jardim. Nele existem não apenas 2 árvores, mas centenas de árvores. Apenas de uma Deus diz que não poderiam comer. E o que acontece? A serpente (o diabo) faz com que Eva acredite de que Deus não é bom ao, de centenas de árvores, não deixar que de uma, apenas uma, eles não comecem. O diabo distorce a verdade de Deus e faz com que Eva entenda que Deus é mal.

Pois, assim, hoje, ele ainda faz conosco todos os dias. Nos faz crer piamente de que olhemos para o fruto ao qual Deus disse para não comermos e acreditemos de que então Deus é mal. Deixamos de olhar para as centenas de frutos bons, para desejarmos apenas o fruto mal. Assim, ele transforma o que é mal em bom e o que é bom em mal. Assim ele faz com que comecemos a crer de que a bondade não é o que está em Deus, mas o que está em nossos desejos. Pergunte a um chefe do crime de uma favela se realmente ele acha mal matar um traidor, vender drogas, oprimir os moradores e fazer com que sua própria lei seja obedecida?

Apenas quando de fato, buscamos santidade e obediência a Deus é que nossa mente é renovada e criamos o discernimento para entender o que é bom verdadeiramente. Infelizmente, todos quanto não olham para Jesus como Salvador, julgam por bondade aquilo que lhes dá algum sentimento de prazer. Hoje, você quer ser do bem ou de Deus?