Até que nada mais importe!

"E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento."

Mateus 22:37

A pergunta a nos fazermos hoje é: Até que ponto eu amo a Deus? Qual a extensão do meu amor a Deus? Esta parece ser uma pergunta irrelevante para alguns, mas ela é uma pergunta de total influência em nossa vida. Amar a Deus modifica todo nosso ser. É quando amamos a Deus acima de tudo que amamos ao nosso próximo verdadeiramente. É quando o nosso amor á Deus é de todo o coração que nossos desejos e anseios não ultrapassam os caminhos que Deus nos colocou. É quando amamos a Deus de toda nossa alma que perdoamos de fato. É quando amamos a Deus de todo nosso pensamento que outras coisas não tomam a nossa mente mais do que o próprio Senhor.

David Wikerson disse certa vez:"Muita gente passa a vida fazendo coisas boas e legítimas, porém o Senhor não é o primeiro para elas. Ele não é o centro de sua vida. Se fosse, não O colocariam de lado. Elas achariam tempo para ficar com Ele!"; então porque amar a Deus é tão pesado? porque o amor a Deus nos parece sempre ser envolto de tantas cobranças e coisas desnecessárias? A resposta mais simples que temos e encontramos é que de fato não amamos a Deus (nem um pouco sequer). E o problema se soma ao fato de que tudo que envolve o Senhor é enfadonho, pesado e chato porque vivemos tentando dar um pouco do que temos a Ele. Vivemos querendo dar um pouco de nosso tempo indo á igreja ou participando de ministérios, células ou ações sociais da igreja. Vivemos querendo dar um pouco do que temos ao lermos poucos versículos por dia. Vivemos buscando dar um pouco do que temos dando dízimos e ofertando aos pobres. E enquanto tudo o que dermos a Deus for apenas um pouco do que temos, então nunca chegaremos onde Ele realmente quer que nós estejamos. Quando finalmente entendermos de que precisamos nos doar por completo a Deus, quando Ele finalmente for tudo em nossa vida, quando nada mais importar, quando toda nossa vida estiver a disposição de Deus, sem reservas, então não haverá problemas em entregarmos um pouco, pois já teremos entregado tudo! O problema consiste em que para se amar a Deus precisamos dar mais do que desejamos.

E o amor a Deus consiste e envolve muito mais do que doutrinas de igrejas, amar a Deus consiste em obediência e atitudes específicas: "Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama;" (João 14:21); Amar a Deus consiste em realizar a expectativa de Deus: "Como está escrito: Por amor de Ti somos entregues à morte todos os dias[...]" (Romanos 8:36); Em suma, amar a Deus é verdadeiramente entregar aquilo que temos de mais importante: a nossa própria vida!

Hoje vivemos, infelizmente, dias onde o amor a Deus consiste em ter bônus, mas não ter ônus; ter benefícios, mas não ter sacrifícios; está em Ele fazer tudo pra você, mas você não fazer nada para Ele. Pois que recordemos o que Jesus nos disse: "Assim, pois, qualquer de vós, que não renunciar a tudo quanto tem, não pode ser meu discípulo." (Lucas 14:33); e ainda há mais: "Se alguém vier a mim, e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo." (Lucas 14:26). O que precisamos de fato é sermos fascinados por Deus. Lembremos dos serafins descritos em Isaías (capítulo 6). Eles ficam ininterruptamente proclamando "Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos". pois em Apocalipse (capítulo 4) lá estão eles novamente, continuamente proclamando a mesma coisa. Pensemos. Da visão de Isaías até a visão de João são quase 800 anos, mas a conta é maior pois a visão de João ainda nem aconteceu de fato, irá acontecer. Assim, como se explica serafins não se cansarem? Simples. Porque Deus tem tanto a dar e mostrar que quem fica em Sua presença, jamais se cansa!

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