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La casa de papel!

"Não é de paz que eles falam; pelo contrário, tramam enganos contra os pacíficos da terra."

Salmos 35:20


Isto está virando rotina na vida do ser humano. O quê? Torcer pelo vilão. Uma das séries de maior sucesso na atualidade se chama "La casa de papel". Resumidamente a série conta a história de um professor e um grupo de alunos que resolvem num estilo Robin Hood (só que não!) fabricar seu próprio dinheiro [legalmente?] usando a própria máquina da Casa da moeda da Espanha. É intrigante ver como no fundo, milhares de pessoas torcem para que um roubo dê certo, afinal, tudo parece mesmo que não tem nada de errado, afinal, eles não estão roubando os pobres, estão roubando o governo, ou até mesmo ninguém. Mas será que isto é verdade?

Bem, para começar a vê-los como vilões de fato precisaríamos entender de economia. Infelizmente não temos como neste texto entender todo contexto econômico, mas tentemos brevemente compreender. Primeiro tem de ser claro de que a ideia de que eles estão roubando dinheiro sem influenciar negativamente, ou de fato roubar ninguém é uma mentira. Isso porque deve ser considerado a teoria quantitativa da moeda. A teoria é complexa mas bem resumidamente ela se sustenta na lei da oferta e da procura. Para não ficar extenso o caso é que quanto mais dinheiro se tem na praça, menor é o seu valor e poder econômico. Aqui estabelecemos o entendimento do porque um governo simplesmente em suas crises não fabrica mais dinheiro. Simples, se mais dinheiro é produzido, mais oferta se tem, o seu valor perde mercado e isto gera a inflação. Sim, a inflação não vem somente pelo aumento dos preços, mas também pela quantidade de moeda de um país. E onde então o professor e seus alunos marotos viram vilões? Entendendo por esta base tão superficial chegamos a conclusão de que este grupo acaba por fim roubando sim os mais pobres. E se você pensa que o governo também, ai que se engana, pois o governo é a máquina que trabalha em cima do empobrecimento das pessoas, afinal, no Brasil, bem sabemos que quando o governo perde mercado e receita ele ataca em mais impostos e outros meios que o façam ter o dinheiro que ele precisa. E como assim eles viram vilões? Simples. Imagine o caso recente e famoso dos irmãos da JBS que compraram dólar sabendo que no dia seguinte o seu preço iria aumentar. É algo semelhante. Afinal, para fácil entendimento, imagine que o professor e seus queridos alunos possuem um valor que vale R$ 1,00, eles investem esse dinheiro e vão aumentando a lei da oferta pela quantidade de moeda que circula, num curto tempo aquele R$ 1,00 irá valer R$ 0,75, ou seja, somente eles irão se beneficiar do poder da moeda. Enquanto isto os mais pobres, que já não tem poder de compra, perdem mais ainda o seu suado dinheiro. E isto não é tudo, mas para quem tem um bom conhecimento de economia, sabe onde todo esse efeito cascata desemboca.

O problema chocante mesmo está no fato de que de fato a humanidade torce hoje pelos vilões. Torcemos hoje pelo chefe da série Narcos, pelo Loki de Vingadores e por tantos vilões das muitas séries que se passam. É até comum hoje que os vilões não sejam mais pessoas carrancudas e violentas, seus criadores procuram passar algo mais pacificador. No fim, eles só querem ser ricos e poderosos, e o preço muitas vezes é aceito por nós. O que choca é que milhares de pessoas foram as ruas gritar e bater no peito querendo o fim da impunidade por uma La casa da Petrobrás, mas hoje esperam ansiosamente que seus queridos alunos conquistem seu objetivo.

Ah, mas é só uma série. Engana-se o tolo! De fato é uma série, mas é uma série que apenas demonstra o que está em nosso coração, ou pense, você torceria para um homem de uma série que fosse um pedófilo em sua tentativa de abusar de crianças de até 10 anos? Por mais que este texto possa ter alguns exageros (o que discordo), ainda assim, sempre torcemos por aquilo que achamos certo.

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