Não é como se começa, mas como se termina!
- Douglas F. Rocha
- 21 de mar. de 2018
- 3 min de leitura
"[...]havia o Senhor dito aos filhos de Israel: Não caseis com elas, nem casem elas convosco, pois vos perverteriam o coração, para seguirdes os seus deuses. A estas se apegou Salomão pelo amor."
1 Reis 11:2
Salomão foi o homem mais sábio da face da terra. Depois de ver seu pai Davi passar por poucas e boas, assumiu o trono e reinou absoluto. Foi por suas mãos que Israel teve paz. Foi em seu reinado que o templo de Deus foi consumado. Seus provérbios e filosofias eclesiásticas são de sabedoria ímpar. É inegável que pela história, Salomão foi um dos grandes reis e homens pelos quais já se passaram por esta terra. E mais, Salomão teve uma forte ligação com Deus em seu reinado.
Mas a real da vida não é como começamos as coisas, mas como terminamos. Salomão foi tudo isto, mas errou no fim da sua vida. Por, talvez, desprezar e não confiar totalmente em Deus acabou se casando com muitas mulheres para conquistar apoios políticos e amizades de outros reinos. Salomão era um homem sábio mas de uma fé pequena. Construiu um maravilhoso templo, o local onde Deus habitaria, mas ele mesmo não entendeu que o templo era apenas um ajuntamento de pedras, de que a habitação verdadeira de Deus está em nós. Salomão derrubou ídolos pagãos para depois, por amor a suas esposas, recuperá-los.
Muitas vezes podemos ser igual a Salomão. Colocamos nossa vida nas mãos de Deus, O buscamos, caminhamos pelos Seus caminhos, nos afastamos daquilo que desagrada a Deus, deixamos prazeres e tentações de lado, e assim até parecemos estar num caminho seguro. Mas as tentações são diárias, nossa fé, se não alimentada, se apaga. Se não buscarmos a verdade de Jesus, nos frustramos com pessoas e com nossas expectativas. E a vida também não ajuda. Mesmo sabendo, como o próprio Jesus disse, que vivemos uma vida onde as dificuldades aparecem constantemente, somos a todos instante tentados a desistir ou fazer algo por nossa conta para ver se as coisas melhoram. E, conforme vamos agindo por impulsos e por nossa própria cabeça, a verdadeira cabeça, que é Cristo, vai ficando pra trás, então, andamos sim, mas viramos mesmo é uma mula sem cabeça.
É então que no fim, nossa história começa até tem um começo muito interessante, bacana. É a história do filho de Deus. Mas, conforme as páginas da vida vão passando, nossa história se transforma mais em filho do vento, sim, pois é assim, somos levados por qualquer vento que nos sopre algo que nos alivie das cargas da vida. Sem perceber, no fim, nossa vida já não é mais algo devoto á Deus. O que começamos criticando, julgando e muitas vezes afirmando que nunca faríamos, se transforma na nossa própria realidade. Então, nosso passado, nossa vida de comunhão com Deus só terá virado um risco na parede.
Observemos hoje Paulo. Começou sua vida sendo cruel e sanguinário, terminou sendo piedoso e aquele que escreveu a maior parte do chamado Novo Testamento das Sagradas Escrituras. Observemos Salomão. Começou sua vida tendo uma proximidade de Deus tão grande que mais parecia que logo ela seria maior do que a seu próprio pai Davi teve com o Senhor. E por fim, mais importante, observemos a nós. Como anda a história da nossa vida?! De fato, se nossa vida se encerrasse hoje, seríamos mais parecidos com Paulo ou com Salomão?!

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