Construindo pontes para o diabo!

"E os egípcios puseram sobre eles feitores de obras. para os afligirem com suas cargas. E os israelitas edificaram a Faraó as cidades-celeiros, Pitom e Ramessés."

Êxodo 1:11

Se analisarmos com calma o capítulo 1 do livro de Êxodo, dos versículos 1 á 14, certamente encontraremos coisas tremendas. Mas hoje fiquemos em nos atentar há uma coisa da qual jogamos na lata do lixo. Antes, recordemos. José havia se tornado governador do Egito, abaixo apenas do rei, havia salvado milhares de vida da fome, trouxe toda sua família e todos que viviam com seu pai para o Egito. Ganhou terras e status. Viveu até o fim de sua vida como um nobre em terra estrangeira. Mas José, seu pai, sua família e o faraó morreram. O tempo passou. Um novo rei se levantou e com o tempo o rei do Egito já não se recordava mais das histórias de José, ele apenas tinha olhos preocupantes para o grande aumento de um povo que não era o seu. Por outro lado, o povo de Israel não quis voltar para sua verdadeira terra, preferiu ficar em terra estrangeira. Com isto, o faraó usou de astúcia e escravizou o povo.

Mas o que tudo isto tem a ver? Onde se encaixa? A bíblia fala que somos escravos do pecado (leia João 8:34). Paulo nos fala sobre a liberdade que temos em Cristo da escravidão do pecado (leia Romanos 6:6). Se olharmos atentamente para todo contexto inicial logo teremos a soma fechada. Tomemos como base de entendimento. O Egito nos indica o mundo e o pecado. Israel indica á Jesus e a verdadeira liberdade.

Quantos de nós não temos a liberdade garantida em Jesus, mas preferimos viver na escravidão do pecado? Quantos de nós não somos aqueles que construímos pontes para o diabo?! Sim, afinal, em nossos pecados damos ação de liberdade para que satanás aja não apenas em nossa vida, mas na vida de outras pessoas. Se agimos em adultério, não é apenas nossa vida que está sendo destruída. Se roubamos, incentivamos outros a fazer o mesmo. Se mentimos, praticamos a injustiça e construímos uma cultura de que a mentira é o melhor caminho. Se agimos em ira, raiva e ódio, estamos perto de causar o mesmo sentimento em outra pessoa. Se não perdoamos, se agimos com falsidade, se guardamos o rancor, apenas refletimos nas outras pessoas o que somos e podemos influenciar para que elas sejam iguais. No fim, agindo desta forma, construímos tudo o que vemos pelo mundo: ódio, raiva, rancor, desamor, falta de perdão, ganância, lascívia, falta de fé, incredulidade, entre tantas outras coisas que são apenas benéficas para satanás.

Assim como o povo de Israel não tinha grilhões nas pernas ou nos pés nós também não temos os nossos, mas em ambos os casos, a escravidão existe. Assim como o povo vivia no Egito por se sentir feliz com o pouco que tinha, assim somos quando agimos em pecado, se felicitando com o pouco (que para nós é muito) que o diabo nos dá. Assim como o povo poderia ter ido para sua terra, hoje, milhares de pessoas preferem continuar na escravidão do pecado ao invés de voltar para os braços de Jesus.

Faraó escravizou o povo por medo. Assim também satanás visa nos escravizar nas teias do pecado pois ele sabe que, quando estivermos em nossa verdadeira terra, sobre a proteção do Deus Altíssimo, seremos fortes e livres.

Não sejamos hoje um agente do diabo. Que sejamos filhos de Deus. Que hoje deixemos as migalhas em busca das promessas de Deus para nossa vida. Que hoje o Egito seja o que realmente ele é para nós: terra estrangeira! Voltemos para a casa. Voltemos em busca do que é nosso, das nossas promessas!

• João 8:34 - "Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: todo o que comete pecado é escravo do pecado."

• Romanos 6:6 - "sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos;"